Apresento-vos o, para mim, claro vencedor do prémio para álbum nacional do ano....
Eu já aqui postei um videoclip(o primeiro da banda) mas depois de ouvir o álbum por inteiro posso dizer que há muito não ouvia um álbum português tão bem produzido, tão diverso, tão bem escrito e, apesar de não gostar do Laginha como actor (e sei bem que não tem nada a ver), tão bem cantado.
O panorama musical nacional tem muito a aprender com os membros desta banda.....e já devia ter aprendido há muito com as letras de Adolfo Lúxuria Canibal, que escreveu todos os poemas para o álbum....
De seguida duas letras de músicas do albúm :
O caixão da razão.
uivo p´ra lua
Que vai tão alta
Corro na rua
Feito um pernalta
Tanta a folia
De liberdade
Que nem o dia
Me dissuade
Quero ser animal
Velho cão sem bordão
A lamber triunfal
O caixão da razão
Mijo sem freio
Por entre a turba
Dizem que é feio
Não me perturba
Gente lacaia
Presa no luxo
Meu himalaia
É ser gaucho
Quero ser animal
Velho cão sem bordão
O lamber triunfal
O caixão da razão
Cuidado com essa
Sereia
Cuidado que morde
Sem peia
Quero ser animal
Velho cão sem bordão
A lamber triunfal
O caixão da razão
Morfina
Como é bela a deusa do meu céu
Actriz de ralé
No meu mausoléu de ninfas da maré
Faz dança do véu
Com um sururu de se tirar o chapéu
A feliz garça com o seu girar
Transmuta por dom
O meu lupanar em casa de bom tom
Angélico altar
Onde o varonil tem gosto em capitular
Bem vindos ao meu bazar
Propõe chás do Sião, pepitas do Brasil, jóias da Pérsia
Morfina
Não perdes nada em entrar
Vem ver a actuação, o exótico pernil, a doce inércia
A morfina
É tão quente a raça do seu ser
Seu jeito fatal
De dar a entrever o gozo sensual
O mole prazer
Que a carne retêm depois de esmorecer
E sem mais me deixa suspirar
Na maior nudez
Que venha a rodar a ter ser minha vez
Os braços no ar
Que me faça vir na graça do seu picar
Bem vindos ao meu bazar
Propõe chás do Sião, pepitas do Brasil, jóias da Pérsia
Morfina
Não perdes nada em entrar
Vem ver a actuação, o exótico pernil, a doce inércia
A morfina
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